segunda-feira, junho 05, 2006

Quem foi?

04.06.2006 - Rock in Rio, Dia 4: Red Hot de Queixo Caído
O prognóstico era céptico. Os concertos anteriores dos Red Hot Chili Peppers em Portugal tinham decepcionado muito boa gente ­ - atrevemo-nos a imaginar que as doses avultadas de estupefacientes fossem a causa, agora que os músicos se afirmam (mais) limpos e, alguns deles, cabalísticos.

Em 2006, os Red Hot Chili Peppers regressaram a Portugal com uma nova vida. E essa alma deve-se a dois dos mais prodigiosos músicos de funk-rock: Flea, no baixo, e John Frusciante, na guitarra. Foi à mestria destes instrumentistas, protagonizada em fascinantes solos de queixo caído, que se prestou vassalagem no penúltimo dia do Rock in Rio-Lisboa. Flea apresentou-se, como explicou o próprio, numa versão Clark Kent. Tudo graças a um fato colado ao seu corpo, que dava a sensação de estar nu e coberto de tatuagens, fazendo-o sentir-se «como um super-herói». Os seus dedos nas cordas do baixo voam, de facto, tão velozes como um deles, acrescentando também ao lote de super-poderes a sua inesgotável energia e simpatia: desejou boa sorte a Portugal com o Mundial, alertou para a falta de ajuda da indústria farmacêutica aos milhões de pessosas que morrem de Sida em África, e ainda dedicou uma canção aos Da Weasel, elogiando o concerto da banda portuguesa que actuou antes dos RHCP. Longe vão os tempos em que John Frusciante, novato na banda com os seus 19 aninhos, era alvo de gozação por parte dos seus colegas. Hoje, ele é o cérebro criativo dos Red Hot­ - e imaginação não lhe faltou para interpretar, em falsete, uma versão de 'How Deep Is Your Love', dos Bee Gees. Todas as músicas, de resto, ganham novo brilho graças à sua interpretação extraordinária no coro e na guitarra. Quanto a Anthony Kiedis, o vocalista, é a imagem dos Red Hot Chili Peppers ­ - rebelde de calças rasgadas e gravata, electrizante nas suas danças, enfim, uma estrela. E daquelas pouco comunicativas, que além de ter cumprido (irreprensivelmente) as canções, só se dirigiu ao público para dizer "Gracias" no final do concerto.

Mas vamos à música. O mote para o concerto era "Stadium Arcadium", o duplo álbum dos Red Hot Chili Peppers recém-chegado às lojas, do qual o público reconheceu pouco mais do que o novo single 'Dani California'. Os novos temas convenceram mas, naturalmente, o entusiasmo estava nos êxitos ­ e são tantos ­ que marcam a carreira da banda: 'Can't Stop', 'Scar Tissue', 'Otherside', 'Californication' ou 'By the Way'.

Pelo meio, um recado anti-massificação com 'Throw Away Your Tele' e, já em encore, os coros "Portugal olé" em reacção ao baterista Chad Smith, que regressou ao palco envergando uma T-shirt da selecção portuguesa. Depois, a dupla de ouro: 'Under The Bridge', na ponta da língua dos 76 mil presentes no penúltimo dia do Rock in Rio-Lisboa, e a incontornável 'Give It Away'. Na hora do adeus, e porque os prognósticos só chegam no final, acabámos por assistir ao melhor concerto do Rock in Rio-Lisboa 2006.

E quem teve lá? Eu, claro no melhor dos melhores...foi muito bom, muito calor (mesmo as 6 da tarde quando cheguei) e saltou-me logo a tampa, pelo menos da agua :) perdi-a, e parecia uma "bêbeda" com a garrafa na mão, enquanto via os Orishas apercebi-me de algo estranho, tinha as mãos com terra, e ainda mal lá tinha chegado. Depois apercebi-me que não era a única (ufa), os Kasabian foram um bom digestivo e ainda se deu uma volta pelo recinto ao som deles. Quando começou os Da Weasel viu-te tudo a correr, se durante os Orishas os consegui ver sem ser pelo ecrã, com os Da Weasel não foi o mesmo, tinha uma peruca rosa á minha frente. Também recebi uma mensagem do senhor Pedro Leitão, que estava no lado esquerdo do palco, pois eu estava no lado direito, pontos diferentes J . Com os red hot, cantei e comi pó, tenho quase essa sensação, comi muito pozinho mas soube bem (se não mata, engorda). Acho que eles pecam é pela falta de comunicação com o publico… mas de resto esta tudo dito.

A vinda pelo metro, estava um caos (pior que a hora de ponta). Montes de gente, já a pensar-nos o metro vai super cheio, mas não o problema era a fila pra tirar bilhete (ninguém ouviu pra tirar antes? Paciência eu tenho passe, é tipo via verde J) dai o metro estar vazio ainda me sentei, alegria sentei-me sem ser num sitio com pò. A roupa estava negra, do cabelo também saiu terra, mas foi bom (faz bem sair hehe)

Ps: as fotos virão daqui a uns dois meses hehe eu não levei máquina, mas a minha prima sim e ainda tirou umas, depois logo se vê se se põem a típica foto do rock in rio J

6 comentários:

Anónimo disse...

Não gostei lá muito de teres ido ao rock in rio ver red hot pá!Foste infiel!

ana sofia santos disse...

lol dos grandes, qd eles vieram cá eu tb os vou ver enquanto isso nao há $ pra os ir ver :( bon jovi sempre no coraçao

GK disse...

Também lá estive.
Como não sou fã dos Red Hot, além do teu "Acho que eles pecam é pela falta de comunicação com o publico…" acrescento que foi com estranhesa que vi desfilarem as canções mais conhecidas no início. Só o "Californication" é que ficou para o fim. Seria de imaginar que uma banda tão experiente como eles levasse a um festival um alinhamento que não fosse para fãs... Isto é, que fossem intercalando as mais conhecidas com as menos conhecidas...
Não sei... É apenas uma sugestão.

Bj.

GK disse...

Ah, já agora... Reforço o "Bon Jovi sempre!!!" LOL

Claire-Françoise Fressynet disse...

iaaaaaaa ja esta ,ouf foi trabalhoso. e obrigadão.

GK disse...

Oi

É possível que tenha sido mais do que uma conhecida no final... Eu "comecei a sair" antes do encore...

Bj.

;)